Unidades de estado sólido (SSDs) têm uma série de vantagens sobre unidades de disco rígido (HDDs): elas são mais rápidas, consomem menos eletricidade e são uma opção mais prática em uma ampla gama de condições operacionais. Recentemente, a Microsoft supostamente pressionou os fabricantes a evitar o uso de HDDs como mídia de inicialização, citando as vantagens (e potenciais melhorias de desempenho) do SSD.
Dito isso, os SSDs não são perfeitos — como qualquer meio de armazenamento, eles são suscetíveis à perda de dados. Eles também podem ter um impacto muito maior no meio ambiente do que a mídia de armazenamento magnético tradicional. Um estudo recente (PDF) da University of Wisconsin-Madison e da University of British Columbia questiona a suposição de longa data de que os SSDs têm uma pegada de carbono menor do que os HDDs.
Os SSDs consomem menos energia, mas exigem mais emissões de gases de efeito estufa durante a fabricação.
De acordo com o estudo, os SSDs têm as maiores emissões de qualquer componente em sistemas de computadores domésticos e de servidores — o dobro dos HDDs.
Por quê? Para começar, os SSDs têm uma vida útil operacional que se alinha aproximadamente com a de um HDD padrão (5-8 anos, em média). Eles também geralmente têm uma capacidade menor e, como resultado, muitos proprietários de computadores operam vários SSDs.
Mas o alto custo ambiental dos SSDs se deve principalmente ao processo de fabricação. A mídia de estado sólido usa memória flash NAND e DRAM, que exigem técnicas de fabricação de silício de última geração. Essas técnicas exigem muita energia, a maior parte da qual vem do carvão e de outros combustíveis menos sustentáveis.
Com o tempo, os SSDs podem se tornar uma opção mais sustentável.
Se você está segurando seu SSD e esperando por boas notícias, nós temos algumas: O estudo observa que, à medida que os SSDs aumentam em capacidade e atingem maiores vidas úteis operacionais, sua pegada de carbono cairá. Ao contrário dos HDDs, os SSDs são bastante adequados para reciclagem, pois os chips NAND podem ser remanufaturados a partir de componentes usados anteriormente sem preocupações sérias de segurança e privacidade.
Além disso, o estudo foi limitado em sua abordagem. Os autores se concentraram em aplicações de alta carga de trabalho e fizeram suposições sobre as fontes de energia (como carvão) usadas na fabricação de semicondutores. Não temos muitos dados sobre se esse é realmente o caso — em muitos países, os fabricantes não divulgam essas informações.
Considerando que os SSDs consomem muito, muito menos eletricidade durante a operação, eles podem atualmente ter uma pegada de carbono menor do que os HDDs em aplicações típicas de computação doméstica.
Não entre em pânico — usar um SSD no seu computador doméstico não prejudicará o meio ambiente.
Consumidores preocupados com o meio ambiente não devem dar muita importância aos resultados de um único estudo. À medida que a sustentabilidade se torna uma preocupação mais crucial entre os fabricantes de mídia de armazenamento — e dado o número crescente de leis internacionais reforçando práticas sustentáveis, é provável que esse seja o caso — os SSDs estão bem posicionados para melhorar sua pegada de carbono.
Enquanto isso, você pode reduzir seu impacto pessoal com uma prática simples: desligue seu computador quando não estiver usando-o.

Fonte:
https://datarecovery.com/2022/08/are-solid-state-drives-worse-for-the-environment-than-hard-drives